terça-feira, 9 de julho de 2013


Meditar, um bom começo para ser feliz

É complicado falar sobre meditação. É complicado pois a meditação não se fala. Na meditação as palavras não encontram pousada, ou melhor, a meditação é um pousar sobre as palavras, sobre voa-las, mergulhar na origem do verbo, o silêncio.
Meditar é simplismente não fazer nada e também é não deixar de fazer.
Confundimos meditar com refletir. O primeiro é o estágio de quietue da mente o segundo é o processo de cognição mental acerca de um assunto.
A meditação também não é concentração. Para meditar precisamos nos concentrar, mas não para aí.
A concentração é o extremo foco. É a eliminação de possibilidades até chegar em um ponto. Os cientistas fazem muito isso para saber sobre determinado estudo, vão afulinando, afunilando.
A meditação também não é contemplação. É um pouco menos.
Na contemplação apanas admiramos o que acontece, sem nenhum foco.
Então a meditação é algo entre a concentração e a contemplação.

Um aspecto importante de meditar é que não meditamos sobre algo. Não existe um objeto para meditar (pode existir, mas aí é mais concentração), nós somos a meditação.

A meditação é uma prática de interiorização profunda. Não posso dizer meditar sobre mim mesmo, porque isso deduz que há um eu sendo o sujeito da meditação e outro eu o objeto da meditação.

A meditação deve ser algo completamente natural e ao mesmo tempo querida, intencionada...
Para meditar basta uma posição confortável.
Há várias posições, principalmente praticada pelos yogues, que nos ajudam muito na meditação.

Na meditação também não existe objetivo, além de meditar...

Uma dica para começar a meditar é pela concentração na respiração.
Contanto de 100 até 0.
A mente vai divagar por vários momentos, quando isso ocorrer volte a atenção para a contagem. Se esquecer retorne do começo.

A meditação nos dá uma noção de como é o funcionamento da nossa mente.
Um mecanismo complexo, sempre relacionando e bucando referências.

Assim, uma prática legal é concentrar-se também em palavras positivas (harmonia, paz, amor,etc), repeti-las em cada inspiração.

Após certo tempo praticando meditação pude disciplinar minha mente, ter controle sobre meus pensamentos.
A meditação é como um exercício de purificação. Assim, como antes de cozinhar nós escolhemos feijão por feijão, depois de meditar vemos a importancia de escolher pensamentos que desejamos "cozinhar"na nossa cabeça!

Livros recomendados

Como silenciar a mente - Osho
Os estágios da meditação - Dalai Lama

Discípula do coração

Esses dias eu estava conversando com uma amiga, e falávamos sobre disciplina. Essa simples palavra pode deixar pessoas de cabelo em pé, principalmente aquelas que como eu, ouviram essa sair em gritos da boca ofegante da professora na quarta série.
Na minha adolescência, disciplina era coisa de gente opressora, coisa de militar, religião ou de cdf.
Hoje, eu entendo o que a professora queria me dizer. Ela simplesmente estava pedindo que nós nos dedicássemos ao que ela estava nos ensinando, e que estivéssemos atentos.
Disciplina é algo simples, porém por experiências como essa, pode se tornar um pesadelo, algo difícil.
Foi procurando algumas repostas para a vida, e um estilo de vida saudável que comecei a estudar a filosofia oriental, e conheci a meditação e com ela sua fiel companheira, a disciplina.
Disciplina vem de discípulo. Talvez na quarta série eu tenha sido uma má discípula.
Mas, tirando todo o peso que a palavra possa ter a primeira vista, a disciplina é uma ótima amiga, para levarmos conosco quando desejamos aquela paz interior, principalmente em tempos hostis.
A disciplina nada mais é que a escolha diária, a escolha de ter certas atitudes, e não ter certas atitudes. Bem simples.
Escolher não comer carne, escolher andar de bike, não escolher fumar cigarro, escolher a paciência, não escolher julgar, escolher amar. Quando conheci a disciplina e resolvi ser amiga dela, imaginava que em longo prazo ela me levaria à felicidade eterna, algum tipo de salvação, e toda vez que me sentia triste ou irritada, acabava a culpando. E aquilo, me deixava ainda mais triste, então, novamente eu ia até ela, pedindo as pazes. E ela sempre me aceita de volta.
Percebi que ter a disciplina como amiga é algo muito especial, e é essa confiança nela que faz com que eu experimente algo que pra mim é sagrado. Quando escolho, sou discípula da minha própria vontade, discípula do meu coração.
A disciplina não é algo que vai nos levar pra algum lugar, a disciplina é o destino, é nosso poder de escolha aqui e agora, a escolha de estar em paz.
Hoje, quando penso nisso, dou risada, pois há algum tempo dizer pra mim que disciplina é liberdade era como dizer que a guerra é paz. Mas, para conhecer de perto a disciplina só sendo amiga dela, experimentando-a, escolhendo escolher.